Polícia Civil ainda orienta que a pessoa vítima não sinta vergonha e procure qualquer delegacia para fazer o registro da ocorrência
Sites
e aplicativos de relacionamento têm se tornado cada vez mais comuns entre a
população brasileira e atualmente aproximam milhares de pessoas diariamente.
Mas, como muitas tecnologias, também passaram a ser usados para a realização de
crimes, o que pode ocasionar grandes prejuízos financeiros e emocionais. É o
caso de uma professora de 49 anos, que entrou em contato com a Rádio Banda B e relatou que chegou a comprar um carro após um aparente
pedido de desespero de um homem
com que estava ‘conhecendo melhor’ após a aparente
compatibilidade feita online.
De
acordo com a vítima, que optou por não ser identificada, o golpista sempre se
apresentou muito bem e demonstrava ter um vocabulário bastante qualificado. “A
gente já estava saindo há algum tempo e ele já tinha até mesmo conhecido minha
filha. Foi então que ele começou a mostrar desespero e carência afetiva. Eu me
preocupei e tirei um carro para que ele pudesse trabalhar, mas infelizmente
demorei para perceber o que tinha feito”, disse.
Com
o golpe, a vítima passou então a se lamentar, já que percebeu o ‘baque’ apenas
depois. “Eu conheci ele em novembro e ele decidiu sumir dois meses depois.
Foram várias histórias, como a de que o sobrinho trabalharia de Uber, mas
infelizmente hoje fiquei no prejuízo. Tentei ir atrás e não consegui mais
nenhuma informação”, lamentou.
A
vítima procurou então um advogado, que a está orientando nos procedimentos
legais contra o golpista. Em contato com amigas e na procura feita por ela
mesmo, o suspeito foi encontrado em outros sites de relacionamento, que já
foram informados à Polícia Civil.
Orientações
Diante
do golpe, a Banda B procurou a Delegacia de Estelionato de Curitiba. O delegado
Emmanoel David confirmou a investigação do caso e deu dicas para evitar cair em
casos semelhantes.
De
acordo com ele, a confiança é peça chave do golpe. “Normalmente, como
percebemos em casos semelhantes, o golpista ganha a confiança antes de se
queixar de dificuldades financeira. Ele então pede dinheiro e transferências
são feitas. Apenas depois a vítima se dá conta do que aconteceu”, relatou.
David
explica que o tema é recente, mas já vem sendo discutido em tribunais
superiores pelo Brasil “Os Tribunais entendem como estelionato amoroso,
estelionato sentimental ou estelionato afetivo. É uma conduta de pessoas que se
utilizam da má fé para obter vantagens por meios virtuais”, concluiu.
Por
fim, a Polícia Civil ainda orienta que a pessoa vítima não sinta vergonha e
procure qualquer delegacia para fazer o registro da ocorrência.
Fonte:
Banda B