A economia brasileira cresceu
0,4% no segundo trimestre, ligeiramente acima do previsto pelos analistas do
mercado. Depois de crescer só 1,1% em 2017 e repetir a taxa em 2018, a economia
brasileira, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de todos os bens e
serviços produzidos no país) avançou apenas 0,7% no primeiro semestre.
Os
dados foram divulgados na manhã desta quinta-feira (29), pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo
trimestre de 2018, o crescimento foi de 1%. O instituto também revisou o
resultado da economia no primeiro trimestre, de -0,2% para -0,1%.
O
país saiu oficialmente da recessão há dois anos, mas o atual ciclo de retomada
do crescimento é o mais lento dos últimos 40 anos.
Apesar
do crescimento registrado no segundo trimestre, a economia brasileira ainda não
conseguiu se recuperar da recessão de 2015 e 2016, quando a atividade recuou
perto de 8%. Ainda está produzindo 5% a menos do que em 2014, antes da crise.
No
semestre, o crescimento foi de 0,7% e, em 12 meses, o PIB subiu 1%. O IBGE
revisou o resultado do primeiro trimestre, de queda de 0,2% para recuo de 0,1%.
Entre
os componentes do PIB, a indústria subiu 0,7% no segundo trimestre ante o
período de janeiro a março, os serviços avançaram 0,3% e a agropecuária recuou
0,4%.
Quando
se olham as contas nacionais pelo consumo, o das famílias avançou 0,3%, os
investimentos cresceram 3,2%, as exportações caíram 1,6% e as importações
subiram 1%. O consumo do governo caiu 1%.
A
taxa de investimento cresceu para 15,9% do PIB. No segundo trimestre de 2019,
estava em 15,3%. Apesar do avanço, ainda é pouco para estimular o avanço
significativo da economia e do emprego