O presidente da República assinou a Medida
Provisória (MP) que antecipa a primeira parcela do 13º para aposentados e
pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que
corresponderá a 50% do valor do benefício, a ser pago de 26/08 a 06/09,
de acordo com o número final da aposentadoria ou pensão.
A
estimativa é que essa antecipação libere R$ 21,9 bilhões, beneficiando
cerca de 30 milhões de segurados. Para aqueles que têm desconto do
Imposto de Renda, o valor será abatido apenas na segunda parcela, que
será paga junto com o benefício de novembro.
Mas
o que fazer com esse valor? Confira abaixo orientações do presidente da
Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo
Domingos.
“Quem está pensando em usar o
valor para pagar dívidas deve analisar a sua situação financeira em
primeiro lugar. Se não está conseguindo honrar seus compromissos com sua
renda mensal, você está em desequilíbrio financeiro. É preciso traçar
um planejamento para tratar o problema na fonte e sair dessa situação de
forma definitiva”, orienta Domingos.
Para
utilizar o valor da forma mais adequada, é preciso conhecer a situação
financeira em que o aposentado ou pensionista se encontra. Veja abaixo:
Endividado ou inadimplente
É
preciso conhecer seus ganhos e gastos e elencar todas as dívidas.
Assim, saberá quais tem prioridade no pagamento: as de necessidade
básica (como energia elétrica, água, gás e moradia) e sobre as quais
incidem mais juros (como cheque especial e cartão de crédito).
“Se
a primeira parcela do 13º for suficiente para quitar a dívida, faça. Do
contrário, poupe o valor e também uma quantia mensal para conseguir
quitar ou negociar com o credor. Se for parcelar o pagamento da dívida,
tenha certeza de que as parcelas caberão em seu orçamento mensal”,
orienta Domingos.
Equilibrado financeiramente
“Quem
não tem dívidas, mas também não poupa dinheiro, pode achar que está em
situação tranquila, mas na verdade é uma situação preocupante”, alerta.
Isso porque havendo um imprevisto financeiro – seja ele positivo ou
negativo – pode acabar entrando no endividamento por não ter uma reserva
financeira.
“É preciso desenvolver o
hábito de poupar, tanto a primeira parcela do 13º quanto uma quantia
mensal. Indo na direção oposta ao consumismo exacerbado, você pode
conquistar seus sonhos de curto, médio e longo prazos”, orienta o
especialista.
Investidor
“Aos
que já são investidores, a orientação é usar parte do valor em seus
investimentos e direcionar a outra parte para a realização de um novo
sonho. Todo dinheiro poupado precisa ter objetivos correspondentes, como
uma reserva para emergências, uma viagem dos sonhos ou a reforma da
casa, por exemplo”, explica Domingos.
O
valor poupado deve ser investido de acordo com o prazo do sonho. Para os
de curto prazo, a poupança é bastante indicada. Para os de médio prazo,
CDB, LCI e LCA são interessantes, segundo Domingos. Já para os sonhos
de longo prazo, é válido considerar títulos do Tesouro e até mesmo a
previdência privada.
Fonte: DSOP Educação Financeira