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"Sobre falsa comunicação de agressão e até onde alguns se aproveitam da patrulha ideológica e defensora dos direitos humanos para se vitimizarem. " |
Mudam-se
os costumes e a cultura com o passar das páginas do calendário. A
sociedade está sempre mudando para se adaptar às demandas dos novos
tempos, novas épocas e demandas. Conhecida como a era do politicamente
incorreto, a década de 80 no Brasil era um festival de atitudes que hoje
seriam consideradas próximas da barbárie.
Os anos 90 e o consequente fim do século 20 marcaram uma mudança que é sentida nos dias de hoje no que se refere a conduta social que marcou a ascensão do chamado politicamente correto, tornando os nossos dias mais cautelosos e militantes contra o bullying, o insulto e a inferiorização, mas será que não estamos exagerando na patrulha?
Os anos 90 e o consequente fim do século 20 marcaram uma mudança que é sentida nos dias de hoje no que se refere a conduta social que marcou a ascensão do chamado politicamente correto, tornando os nossos dias mais cautelosos e militantes contra o bullying, o insulto e a inferiorização, mas será que não estamos exagerando na patrulha?
Recentemente
o cantor e compositor Gabriel o Pensador resolveu alterar os versos de
sua antológica “Lôraburra” para uma versão politicamente correta o que
gerou elogios e críticas. Na mesma altura, a ex-paquita Ana Paula
Almeida aproveitou-se de uma situação irreal para denunciar o ex-cônjuge
por agressão e ocasionou um debate na sociedade sobre falsa comunicação
de agressão e até onde alguns se aproveitam da patrulha ideológica e
defensora dos direitos humanos para se vitimizarem.
Devido
ao movimento causado por todos esses acontecimentos e questionando a
metanóia promovida nos últimos anos, o Filósofo e escritor Fabiano de
Abreu opinou sobre o tema: ”Na era do politicamente correto, a música
"Lôraburra", do músico Gabriel O Pensador, já não é mais bem vinda e
gera preconceito. Naquela época, quando muitas mulheres tingiam o cabelo
de loiro e achavam que isso era importante, soava como gozação a esse
comportamento e todos caíam na onda. Era como chamar o amigo de “negão”
se fosse negro, o que hoje já seria ofensa.Existe um aproveitamento da
“moda do politicamente correto” por artistas que desejam ganhar espaço
nos tempos de hoje ou de marcas que precisam reciclar o discurso.Vivi um
tempo em que as pessoas tinham uma liberdade maior de expressão. Hoje,
deve-se ter um cuidado enorme com tudo o que é dito para não ser atacado
ou julgado.Estamos na era do pré julgamento, antes mesmo do fazer em
sim, já se está sendo julgado. Ao mesmo tempo, estamos vivendo mais a
discussão do que seria certo ou errado. Também existem as situações dos
aproveitadores e cínicos que usam da tal “moda” como argumento para
gerar um debate muitas vezes até redundante, desnecessário ou vazio.
Outro caso que entra aqui é o da ex-paquita Ana Paula Almeida, que se
auto mutilou e se ancorou na força do feminismo em busca do impacto que
buscava.Estamos na era da observação, onde a sinceridade perde para a
farsa e a mentira encontra-se em evidência.Como gosto de pensar sempre
positivo, quero acreditar que isso é uma transformação. Que a indução do
politicamente correto possa fazer com que as pessoas procurem ser mais
corretas dentro do padrão social e sem preconceitos. Mas, sinceramente,
gostava do tempo em que havia liberdade de expressão, havia menos
violência e mais aceitação." disse.