O ex-governador do Paraná Beto Richa, a ex-primeira-dama Fernanda
Richa, e um dos filho do casal, André Richa, viraram réus na Operação
Lava Jato após a Justiça Federal aceitar denúncia por lavagem de
dinheiro. O contador da família, Dirceu Puppo, também é alvo do
inquérito.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Beto Richa recebia
propina das concessionárias de pedágio no Paraná. De acordo com as
investigações, o ex-governador lavava esse dinheiro comprando imóveis,
que eram colocados no nome da Ocaporã Administradora de Bens, empresa
que pertence a Fernanda Richa e seus filhos, André e Marcello Richa.
Inicialmente, a ex-primeira-dama não teve o seu nome incluído na
denúncia protocolada no dia 29 de janeiro pelo MPF. No entanto, os
investigadores decidiram colocar Fernanda Richa entre os acusados após
analisar novas provas.
Beto Richa é réu em outros três processos. Ele é acusado de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro por receber pagamento de propina por
empresas de pedágio no Paraná.
O ex-governador também responde a uma ação que apura o uso irregular
de verba na Saúde na época em que era prefeito de Curitiba. O político
também é investigado por fraudes na licitação de contratos em um
programa responsável pela recuperação de estradas rurais no Paraná.